
Oxumare
Simbolizado pela serpente. Sua tradução, quer dizer: arco íris, bem como uma versão, essencialmente masculino, e outra, como fêmea ou macho (Besèn e Frekuén). Besèn, a parte feminina de Oxumarè, que se transforma durante seis meses do ano (também evidenciado pela sua mudança de pele). Parente de Nanã e Obaluaiye, o que mostra sua relação com a terra e seus ancestrais.
É a mobilidade e a atividade. Uma de suas obrigações, em suas múltiplas funções, é a de dirigir o movimento, é o senhor de tudo que é alongado. O cordão umbilical, que está sob o seu controle; é o símbolo da continuidade e permanência e, algumas vezes é representado por uma serpente que se enrosca e morde a própria cauda. Sua dupla natureza de macho e fêmea, é simbolizada pelas cores vermelha e azul que cercam o arco íris, ou, verde e amarelo dependendo da região. Também representa a riqueza, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos yorubás. Seus iniciados usam brajás , longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de uma serpente, e trazer na mão um ebiri, espécie de vassoura feita com nervura das folhas de palmeira, ou Idan duas cobras em ferro forjado. Durante suas danças, apontam alternadamente para o céu e para a terra.
Através do arco íris, se torna o elemento de ligação entre o céu e a terra, fazendo a ponte aiyé-orún, transporta mensagens e oferendas. No Dahomé, chama-se Dan, na nação Angola, como Angoro, sua saudação é Aroboboy. Suas oferendas devem ser entregues lagos ou poços de água. O lugar de origem deste Orixá seria Mahi, no ex-Daomé. Òsùmàré é Orixá da riqueza e é chamado de Ajé Sàlugá na religião de Ifé, onde diz que chegou os 16 companheiros de Odùdùwa.
Ele é simbolizado por uma grande concha. Os orikis (rezas) de Òsùmàré são bastante descritivos como esta: "Osùmàré que fica no céu, controla a chuva que cai sobre a terra, chega à floresta e respira como o vento. Pai, venha até nós para que cresçamos e tenhamos longa vida". Dizem que Òsùmàré vive no céu e vem a terra para beber água e que carregou a água do mar para o palácio de Sàngó.
Arquétipos:
São pessoas com tendência a riquezas, generosos, não negam ajuda, tem beleza própria, são elegantes, despertam atenções, pessoas dadas e surpresas, dinâmicos e curiosos, inteligentes, espertos, pacientes e perseverantes. As vezes um pouco exibicionistas e raivosos, possuem cacoetes, são cobras embrulhadas em papel de presentes, dão o bote sem esperar.
Ervas:
Ìróko = Folha de Ìróko
Monan = Parietária, brotozinho
Bala = Taioba
Jamin = Cajá
Aberê-ejó = Pente de Òsúmarè
Aferê = Mutamba
Obô = Rama de leite
Exibatá = Golfo redondo do monam
Jacomijé = Jarrinha
Tinim = Folha da neve branca, cana-de-brejo
Peculé =Mariazinha
Tolu-tolu = Papinho-de-peru
